Um poema de Drummond em homenagem às mães

PARA SEMPRE


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

(Carlos Drummond de Andrade)

1 comentários:

Renato Trindade disse...

Helena, minha amiga! Que lindo poema para homenagear e abençoar as Mamães!

Fiquei muito feliz com sua visita e linda mensagem deixada no seu comentário. Agradeço por participar da comunidade do Quiosque Azul no Google Friend Connect. Agora também estou aqui e vou visitar e participar de todos os seus cantinhos.

Deus te abençoe. Um lindo domingo para você e toda família! Felicidades, Saúde e Paz! Grande abraço, Renato :)

 
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